quinta-feira, julho 12, 2007

Simples reparo


O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo: toda a gente pensa que está tão fornecida dele que, mesmo aqueles mais difíceis de contentar com tudo o resto, normalmente não desejam mais do que aquele que possuem.

sexta-feira, julho 06, 2007

Satanismo


Hoje trago um tema que sempre achei interessante: Satanismo. Andei a pesquisar e a informar-me embora já tivesse uma ideia do que se tratava, estava enganada em muitos aspectos. Vamos começar pelo princípio! Saquei esta definição da Wikipédia:
“O satanismo é um movimento religioso e filosófico centrado em torno de Satã ou outra entidade identificada com Satã, ou centrado nas forças da natureza, em particular da natureza humana, representada por Satã como um arquétipo. Ao contrário de muitas religiões e filosofias, o satanismo foca a sua atenção no avanço espiritual e/ou hedonista do indivíduo em vez de a focar na submissão a uma divindade ou a um conjunto de códigos morais. Existem vários tipos de satanistas na sociedade contemporânea.”

A origem do termo
O termo "Satan" originou-se do Judaísmo e expandiu-se entre cristãos e seguidores do Islamismo, chegando desse modo a disseminar-se entre diferentes culturas. Em hebraico o termo quer dizer "Adversário"
Porem o termo Satã/Satanismo, quer dizer opositor, se opondo, ir contra.
A palavra Satã em si não tem relações com demónio ou relacionados. Significa inimigo, opositor, e foi adoptado como termo pejorativo pela Igreja Católica, que também falou de vários rituais supostamente praticados pelos satanistas. Os acusados de satanismo eram os cientistas, tais como Galileu.
Os rituais que a Igreja inventou na época para assustar a população são praticados actualmente por algumas pessoas que se dizem seguidoras do demónio, ou rebeldes à igreja.
O Satanismo, antes de ser uma religião, é uma filosofia. Se o despir dos seus simbolismos, rituais, celebrações e dogmas, terá um conjunto de "bases" que acima de tudo exaltam o "deus" que existe dentro de cada um de nós, sejamos Satanistas ou não.
Para o Satanista, Deus, o Diabo, Anjos e Santos não passam de fragmentos da personalidade de cada um. Quando alguém exterioriza esse "Deus" ou "Diabo" o que está a fazer é deixar a sua majestade natural de lado para adorar ideias que não são suas, e de maneira indirecta adorar a pessoa que criou essas ideias. Ou seja, o Satanismo não é a adoração do Diabo ou uma versão às avessas do Cristianismo, mas sim a exaltação do "Eu". A fuga de padrões pré-estabelecidos para a criação dos seus próprios padrões, criados por si para si: O individualismo.
É este um dos principais motivos de ataques à Igreja Católica e ao Cristianismo (além, claro, dos constantes ataques destes ao Satanismo, querendo de qualquer forma livrar a Terra da ameaça que acreditam representar). O Satanismo não se encontra em posição antagónica à cristã por constituir adoração ao seu eterno adversário, mas porque o Satanismo representa liberdade filosófica e espiritual, individualismo e criatividade, enquanto que o Cristianismo prega obediência a um Deus omnipotente e ao seu filho carnal que veio à Terra, sem que os seus seguidores possam questionar ou argumentar contra as causas e motivos dessa obediência. O Cristianismo é em essência a negação da verdade do Homem.
O Satanismo é contra o modo de ser da crença Católica, variantes das Cristãs, ou qualquer outra em que se adore um Deus ou uma divindade exterior; ou é eleita uma pessoa para ser a representante viva de um Deus ou de uma Deusa ou dos deuses na Terra… Esta pessoa é tida por superior e seguida por pessoas que são tão humanas como ela.
A oposição do satanismo estende-se às crenças onde se adora um Deus pai e uma Deusa mãe; um Deus pelo qual se pode cometer crimes, terrorismo, massacres e fazer Guerras "Santas"; ou qualquer outra crença (a imaginação humana criou centenas de mitos e deuses) em que se deixe de parte o Humanismo e se criem alvos de adoração divina.
No Satanismo cada ser vivo é o seu próprio Deus e governante, cada um é responsável pelos seus actos e o seu modo de ser. Cada um é o seu próprio sacerdote, salvador e Deus.


Movimento Satanista: questões diferenciadoras
Os movimentos satanistas distinguem-se pelo objecto de culto. Em alguns casos, há efectivamente o culto a uma entidade espiritual, que pode ser denominada por Satã ou receber outro nome. Em outros casos, o que é rejeitado é a ideia de culto a algo externo à pessoa. O que se busca é a expressão da plena liberdade e responsabilidade da pessoa por si mesma. É uma forma de ateísmo.
Outro aspecto é se o movimento utiliza-se em rituais - com carácter religioso próprio - ou se está fundamentado numa atitude filosófica e prática. O predomínio de um ou outro aspecto caracteriza diferentes movimentos satanistas.

http://www.mortesubita.org/jack/satanismo

Anton LaVey
Anton Szandor LaVey (1930 - 1997) fundou a Igreja de Satã no ano de 1966 em San Francisco, Califórnia, EUA. Além de líder da primeira organização abertamente satânica da história, Anton Szandor LaVey também trabalhou como músico, fotógrafo forense, ocultista e domador de feras em circos.
Em criança, o jovem Anton adorava ler tudo o que tivesse a ver com o sobrenatural e o oculto - incluindo “Frankenstein” de Mary Shelly, “Dracula” de Bram Stocker, e a popular revista “Weird Tales”.
O interesse de Anton pelo lado obscuro da vida foi ainda mais alimentado pela sua avó Cigana, Luba Koltan, que lhe contou histórias e superstições sobre vampiros e magia negra que aprendeu na sua terra natal, Transylvania.

Igreja de Satã (Church of Satan)
A Igreja de Satan (Church of Satan) foi a primeira organização religiosa abertamente satânica, fundada por Anton Szandor LaVey, entitulado pelos seus seguidores como "the Black Pope". Grupos satanistas já existiam nos Estados Unidos e no Reino Unido em 1950, mas foi em 30 de abril de 1966, quando LaVey anunciou a criação da Igreja, que foi reconhecida a primeira organização religiosa dedicada às filosofias satânicas. É provável que o nome Igreja de Satan tenha sido adoptado como forma de causar impacto e chamar a atenção da imprensa, bem como a realização das Missas Satânicas, que eram paródias das missas cristãs e voltadas à sociedade de Hollywood. Também há a crença de que, além da provocação, o nome tenha sido escolhido por representar o não-espiritual, a carne e também o homem deus (auto-realizado). O Satanismo de LaVey é em sua essência uma filosofia humanista e anti-cristã, principalmente em relação à repressão sexual e ao sentimento de culpa cristão.
Ao contrário do que pregam seus detractores, não prega o Mal, a agressão e nem sacrifícios humanos, por exemplo. Baseiam-se no fato de que a palavra satan não tem relações com o demónio ou relacionados. Na verdade, significa inimigo, opositor, usada como termo pejorativo pela Igreja Católica foi adoptada pelos satanistas como meio de representar a oposição aos dogmas cristãos estabelecidos.

Nove pecados satânicos
Os nove pecados satânicos, definidos por LaVey em 1987 são:
1. Estupidez
2. Pretensão
3. Solipsismo
4. Auto-engano / auto-ilusão
5. Conformismo de massa
6. Falta de perspectiva
7. Negligência (ou esquecimento) dos ortodoxos passados
8. Orgulho contraprodutivo
9. Falta de estética

http://www.apsatanismo.org/Teoria/pecados.htm


Bíblia Satânica
A Bíblia Satânica (The Satanic Bible) é um livro escrito pelo satanista Anton Zandor LaVey em 1969. Contêm uma colecção de ensaios filosóficos, observações práticas e rituais mágicos que formam a base do Satanismo Moderno.
O livro inicia com uma explicação de LaVey do motivo por que ele veio a aceitar a filosofia hedonista. Aos 16 anos, LaVey tornou-se músico de uma boate, e nessa época diz ele que observava, nos sábados à noite, "homens olhando com luxúria as raparigas que dançavam na boate, e no dia seguinte, enquanto eu tocava órgão numa igreja situada no mesmo quarteirão onde ficava a boate, via esses mesmos homens sentados nos bancos com as suas esposas e filhos, pedindo a Deus que os perdoasse e os purificasse dos desejos carnais. Mas no sábado seguinte, lá estavam de volta à boate ou a outro lugar de vício. Concluí então que a igreja cristã prospera na hipocrisia e que a natureza do homem termina por dominá-lo"( Anton Szandor LaVey, A Bíblia satânica, Avon Books, Nova York, N. Y., 1969).

Logo no começo do livro, as Nove Declarações satânicas esclarecem as doutrinas de LaVey. As 9 Declarações satânicas são:
1. satanás representa a licenciosidade , em vez da abstinência e auto-controle.
2. satanás representa a existência vital, em vez de sonhos espirituais ilusórios.
3. satanás representa a sabedoria incontaminada, em vez de auto-engano hipócrita.
4. satanás representa bondade aos que a merecem, em vez de amor desperdiçado com ingratos.
5. satanás representa a vingança, e não o oferecimento da outra face.
6. satanás representa responsabilidade para como os responsáveis, em vez de preocupação pelos vampiros psíquicos.
7. satanás vê o homem exactamente como um simples animal, às vezes melhor, todavia mais frequentemente pior do que os que andam sobre quatro patas, e devido ao seu "desenvolvimento espiritual e intelectual divino", tem-se tornado o mais feroz de todos os animais.
8. satanás representa todos os assim chamados pecados, visto que todos eles conduzem à satisfação física, mental e emocional.
9. satanás tem sido o melhor amigo que a igreja já teve, visto que ele a tem mantido activa durante todos esse anos.

A mentira, a libertinagem e os pecados cristãos são perdoados ao longo da Bíblia satânica, e não apenas nas Nove Declarações. A ideologia de LaVey baseia-se na satisfação imediata."A vida é a grande indulgência – a morte é a grande abstinência", proclama LaVey. "Não existe nenhum paraíso brilhante no céu, e nenhum inferno onde os pecadores fritam... Nenhum profeta redentor vive!".( Anton Szandor LaVey, A Bíblia Satânica, Avon Books, Nova York, N. Y., 1969, p. 33)
O sacrifício humano é desculpado com argumentos cuidadosamente elaborados.
(...)Para LaVey, o verdadeiro inimigo do homem é o sentimento de culpa instilado pelo cristianismo, e o caminho para a liberdade do indivíduo é a prática constante do pecado. LaVey admite que não considera coisa alguma como sobrenatural, e que se inclina para a escola de magia de Aleister Crowley, que se baseia no enfoque científico do paranormal.
(...) Além dos livros de LaVey, os membros são incentivados a ler os escritos de Ayn Rand, Friedrich Nietzsche e Maquiavel, em virtude da ênfase que esses autores dão à conquista da auto-suficiência através do potencial humano. Executam-se três tipos de rituais: rituais sexuais para satisfazer o erotismo, rituais compassivos para ajudar alguém e rituais destrutivos para obter vingança. (Larry Kahner, Seitas que matam, Nova York, N. Y., 1988)



Sociedade Portuguesa de Satanismo
http://www.apsatanismo.org/

segunda-feira, julho 02, 2007

A minha utopia

Tudo o que sempre quis desde que me lembro de ser gente é ser LIVRE. Fiz de tudo para alcançar essa dita liberdade mas parecia que quanto mais c o r r i a para a alcançar mais ela me escapava por entre os dedos. Afinal a culpa não era minha. Estava apenas a crescer e, contrariamente ao que eu pensava, a minha “liberdade” afastava-se a passos largos.

A vida não é justa!

Tantos anos iludida só para vir a descobrir que a liberdade é mais difícil de alcançar do que o pote de ouro que a minha mãe diz que está à minha espera do outro lado do arco-íris!

Eu nunca vou ser livre… não posso. Ninguém pode. É impossível.

Aliás liberdade é o melhor exemplo de utopia que eu conheço. Mas não sei se isso tem que ser necessariamente mau.
A verdade e que estamos presos, todos: presos a leis, a tradições, a hábitos, a conceitos, a ideias, a papéis sociais, a relações, a pessoas, a animais de estimação e tudo o mais que possa depender de nós, às nossas próprias limitações, quanto mais não seja à nossa própria consciência! (Que consegue ser bem mais cruel, limitadora e destrutiva e do que qualquer outra coisa!)
Presos… sem dúvida nenhuma.
Continuo a querer ser
livre.


“De todos os infortúnios que afligem a humanidade, o mais amargo é que temos de ter consciência de muito e controle de nada."

Heródoto