sexta-feira, agosto 10, 2007

Despedida

Hora sagrada dum entardecer
D’Outono, à beira-mar, cor de safira.
Soa no ar uma invisível lira…
O Sol é um doente a enlanguescer…

A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!

O sol morreu… e veste luto o mar…
E eu vejo a urna d’oiro, a baloiçar,
À flor das ondas, num lençol d’espuma!

As minhas Ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urna d’oiro,
No Mar da Vida, assim… uma por uma...




Para o meu amor que partiu

3 Comments:

Blogger Greenish Fae said...

So para que conste este poema dá pelo nome de "As minhas ilusões" e é da autoria de Florbela Espanca.

10/8/07 9:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O amor tem esta propriedade maravilhosa de poder ser sentido universalmente. Eu amo a minha gata mais do que algumas pessoas e não consigo imaginar a minha vida sem ela.

Gostava de saber alguma coisa inteligente para te dizer...

13/8/07 10:26 da tarde  
Blogger Greenish Fae said...

Não há muito para dizer mas fico contente por saber que me entendes... Pouca gente consegue entender o quão importante ela era para mim. Tenho 20 anos e 18 dos quais passei-os com ela, devia ser lógico.

Obrigada :)

15/8/07 5:13 da tarde  

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