Despedida
Hora sagrada dum entardecer
D’Outono, à beira-mar, cor de safira.
Soa no ar uma invisível lira…
O Sol é um doente a enlanguescer…
A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!
O sol morreu… e veste luto o mar…
E eu vejo a urna d’oiro, a baloiçar,
À flor das ondas, num lençol d’espuma!
As minhas Ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urna d’oiro,
No Mar da Vida, assim… uma por uma...

D’Outono, à beira-mar, cor de safira.
Soa no ar uma invisível lira…
O Sol é um doente a enlanguescer…
A vaga estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de ira,
A doirada cabeça que delira
Num último suspiro, a estremecer!
O sol morreu… e veste luto o mar…
E eu vejo a urna d’oiro, a baloiçar,
À flor das ondas, num lençol d’espuma!
As minhas Ilusões, doce tesoiro,
Também as vi levar em urna d’oiro,
No Mar da Vida, assim… uma por uma...
Para o meu amor que partiu
3 Comments:
So para que conste este poema dá pelo nome de "As minhas ilusões" e é da autoria de Florbela Espanca.
O amor tem esta propriedade maravilhosa de poder ser sentido universalmente. Eu amo a minha gata mais do que algumas pessoas e não consigo imaginar a minha vida sem ela.
Gostava de saber alguma coisa inteligente para te dizer...
Não há muito para dizer mas fico contente por saber que me entendes... Pouca gente consegue entender o quão importante ela era para mim. Tenho 20 anos e 18 dos quais passei-os com ela, devia ser lógico.
Obrigada :)
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